Segundo a diretora do museu, o acervo tem mais de 16 mil peças que foram
sendo coletadas pelo seu fundador, o Dr. Clemente, que iniciou sua coleção
ainda na década de 1940.
“Inicialmente, o museu começou na clínica do doutor Clemente na rua Mipibu,
no bairro Petrópolis, mas depois veio para o prédio da Academia
Norte-rio-grandense de Odontologia, em 1999, quando de sua inauguração”,
explicou ela.
O nome do museu foi uma homenagem que o doutor Clemente fez ao seu
pai, Dr. Solon de Miranda Galvão, um dos primeiros cirurgiões-dentistas
da cidade.
Entre os muitos objetos de odontologia do acervo do museu, o destaque é para
o antigo consultório do doutor Clemente, preservado com a primeira ficha do
paciente atendido, bem como uma cadeira odontológica fabricada pela Buffalo
Dental Manufacturing Company, em 1875,que foi usada por alguns profissionais
até o ano de 1950.
No acervo estão ainda as primeiras cadeiras odontológicas usadas pelos
dentistas, semelhantes as usadas pelos barbeiros, e uma dentadura feita com
meia bola de bilhar, confeccionada por Severino Marreteiro, operário de
uma fabrica de sabão em Santa Cruz do Inharé, RN, na década de 60.
Segundo informações, não podendo pagar um dentista, Severino fez a moldagem
de sua boca com sabão e vazou em cimento de construção. Depois, esculpiu a
dentadura em uma meia bola de bilhar, que o próprio a abriu ao meio.
O conselheiro Federal Ericson Leão foi um dos idealizadores da homenagem ao
museu, depois que soube da sua existência através do colega potiguar, Eimar
Lopes, conselheiro Federal e ex-presidente do CRO-RN.
Segundo Leão, no país todo, existem sete museus de odontologia. O do Rio
Grande do Norte é o mais organizado e que reúne o maior acervo. Os outros
museus estão situados em São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Belo Horizonte,
Piracicaba (SP) e Rio de Janeiro.
“O CFO está catalogando estes museus e no próximo jornal vamos editar uma
reportagem especial sobre eles”, explicou o conselheiro Federal pelo
Amazonas.
O presidente do CFO, Airton Morilhas, parabenizou a doutora Yara pela
condução do museu e elogiou o doutor Clemente Galvão Neto pelo trabalho em prol
da odontologia nacional, lembrando que ele foi um vice-presidente do Conselho
Federal atuante, que muito fez como cirurgião-dentista e professor pela categoria
e pela sociedade potiguar.
“Conheci o doutor Clemente, um profissional de muita sabedoria e de
bom humor, que muito contribuiu com a odontologia brasileira”, disse Morilhas.
A doutora Yara agradeceu a homenagem do CFO e destacou o carinho e admiração
que o doutor Clemente tinha com o seu pai também cirurgião-dentista. “O museu
era a vida do doutor Clemente, que gostava de receber os amigos e os estudantes
de odontologia aqui”, disse Yara.
Atualmente, a visita ao museu é agendada. Segundo a diretora, estudantes dos
cursos de Odontologia da Universidade Potiguar e da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN), campus de Caicó, têm visitado o museu. Ela tem
sentido a ausência de visitas dos estudantes de odontologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.
Para o presidente do CRO-RN, Gláucio de Morais e Silva, o Museu Dr. Solon de
Miranda Galvão deveria ser visitado por todos os estudantes de odontologia para
que conheçam um pouco da história da odontologia.
No museu são encontrados os mais diversos objetos aplicados a toda a área da
odontologia, partindo da exodontia até a dentística.
O conselheiro Federal Eimar Lopes destacou em seu discurso na entrega do
diploma de Menção Honrosa a importância histórica do Museu Dr. Solon de Miranda
Galvão em preservar a memória da odontologia potiguar.
FONTE - CRO-RN
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